sexta-feira, 17 de abril de 2009

Você julga um livro pela capa?

Eu estou muito sem tempo para postar, mas esse vídeo merece ser visto... Não incorporei porque a opção está desativada, mas vão lá no You Tube aqui
Será que um dia nós vamos aprender a não olhar com os olhos que vêem, mas com os que sentem?
Bom feriado a todos!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vem cá menino, sua mãe não te deu educação não?

Em primeiro lugar, está tarde, já é meia noite, eu passei o dia todo traduzindo, então quem ler esta postagem terá que me perdoar eventuais "erros de desatenção". Eu já tinha desligado meu PC, estava a caminho dos braços de morfeu e pensei: "Mas eu tenho que escrever sobre isso! Tenho que tirar isso da minha cabeça para poder dormir". Tendo dito isto, quero falar sobre boas maneiras: "É menino! Sua mãe não te deu educação não?!"
Nos tempos da minha avó, ser "bem educado" era obrigação, ela conta que você que não fala-se "muito obrigado" quando recebesse alguma coisa que ia descobrir em casa o uso da borracha no chinelo de pano da sua mãe! Porque era obrigação, e todo mundo vivia sob pressão para não faltar com respeito, não ser indelicado e etc., se alguém fosse mal educado era uma afronta! Era como desfilar com um prato de comida na frente de um refugiado africano. Imagina quantos "filha da puta", "vai tomar no seu c...!" que não foram reprimidos! Acho até que foi por isso que se criou as reuniões "só para homens", futebol, e etc. Já viu homem que não precisa xingar?
Mas isso não vem ao caso, o fato é que lá pela época dos meus pais, as pessoas resolveram se rebelar, queimar sutiãs, protestar nas ruas e falar palavrões... daí para frente fazer todas essas coisas virou sinal de "liberdade". Também pudera, o negócio era espartano. Os artistas na televisão xingavam, "quebravam tudo" e a galera aplaudia, os filhos queriam poder falar "de igual para igual com os pais", queriam poder se dirigir aos professores sem medo, e além de sinônimo de "falta de liberdade", educação passou a ser taxada como uma "formalidade" que só era útil, se necessária.
A coisa foi para o outro lado, quando eu era criança, você era ensinado a falar "por favor" e "obrigado", claro, não falar de boca cheia, não cuspir no chão, sei lá, e essas coisas, mas se você pedisse licença por exemplo para entrar na casa da sua avó, ela ficava ofendida, porque: "Onde já se viu ter que pedir licença para entrar na casa da vó?". Se seu amigo abrisse a geladeira da casa dele, te desse um negócio para comer e você agradecesse era: "Que isso?! Não precisa disso não, pega aí!". E a coisa foi piorando... fui crescendo e se você fosse sair com um cara e ele falasse "por favor" e "obrigado" o tempo todo e fosse todo cortês, no começo você ficava toda "nossa!", mas depois se perguntava se ele não era "meio gay". Enfim, a coisa chegou num ponto que nem se falava "boas maneiras" mais, achei que o negócio ia sumir.
No entanto, ultimamente, venho observando o que me parecem ser as "linhagens resistentes das boas maneiras". As pessoas ficaram tão duras umas com as outras e com a vida que hoje em dia, que ser tratado com educação e cortesia está virando quase que um presente, uma coisa de elite, um luxo. Quem não se impressiona quando se depara com alguém extremamente educado? A gente se impressiona tanto, que tem que tomar cuidado para não confundir cortesia com competência! Faz um teste: Liga num lugar, ou vai numa loja, aonde você sabe que o atendimento é ótimo e vê se você não acredita em tudo o que o cara te diz?
Educação virou estratégia de marketing! Quem diria!
É interessante a gente ver como os "valores" são cíclicos, como tudo, a gente faz revolução, faz revolução, e termina que nossa revolução última é voltar para de onde viemos e chamar isso de "insight".
"Insight" ou não, as educação está voltando com tudo! As pessoas estão tão carentes de gentileza que ser gentil é quase um ato de caridade. A boa notícia é que é daquele tipo de caridade que a gente lucra também, porque quando a gente é gentil e educado com os outros, em grande parte das vezes, eles nos retribuem, e percebemos como somos carentes de gentileza também, como nos impressionamos quando vislumbramos humanidade nas outras pessoas... E se isso não for motivo para ser gentil e educado... "Vem cá menino, sua mãe não te deu educação não?"

domingo, 5 de abril de 2009

Devaneios de domingo a tarde

Essa semana foi punk, Graças a Deus! Não se reclama de trabalho né? Ainda mais quando se deixa tudo para se fazer o que gosta... A verdade é que nem sei mais em que língua que meu cérebro anda, porque eu traduzi tanto essa semana! Hoje mesmo, eu estava lá traduzindo e bateu aquela fome... como sou a única 'loser' que fica lá trabalhando no domingo, não tinha compania para almoçar e aí veio o dilema...Cozinho, mais comida do que posso comer, como, em três segundos, e lavo tudo, ou vou a um restaurante sozinha... Escolhi o restaurante. Peguei minha comida, sentei lá e pensei, por que não? Vou tomar uma taça de vinho!
Quando o vinho chegou, eu dei o primeiro gole e logo me senti em um outro lugar, ele tinha um gosto de um lugar e um tempo que eu fiquei muito feliz em lembrar e fiquei pensando sobre isso...
Nossos sentidos parecem ter um poder incrível sobre nós. Às vezes a gente sente um cheiro em um determinado momento e ele marca aquele momento. Dali para frente, todas as vezes que sentimos aquele cheiro nos lembramos daquele momento. O mesmo acontece para sabores, imagens, sensações físicas e etc.
As vezes a gente até escolhe marcar, sem saber, uma ocasião através dos sentidos. A gente se perfuma para sair, faz uma comida boa para dividir com os amigos, senta com alguém especial para assistir o por do sol...
E eu estava pensando... Se é assim? Porque então a gente não pode escolher eternizar os momentos especiais da nossa vida? Porque não investir pesado nos sentidos em tudo o que fazemos? Por exemplo, vai viajar? Troca de perfume, leva um cheiro novo e carrega ele com você a viagem toda. Na volta, aquele cheirinho vai te remeter à viagem. Não sei, mas tenho a impressão que os sentidos podem nos ajudar a criar 'atalhos' nos caminhos da memória. Se deliberadamente criarmos mais atalhos para as coisas boas do que para as coisas ruins, vamos viver lembrando e criando memórias felizes e aí, quem sabe a gente pode ter um momento asim, sei lá, sozinha num restaurante e rindo a toa!