quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

"Talent is breath taking"

O talento humano é algo que sempre me "tira o fôlego".



Todas as cenas de pessoas sendo premiadas pelo seu talento me fazem chorar, de vitória na Copa do mundo a entrega do prêmio nobel.
E o talento não é só emocionante, é inspirador! Quantas vezes a gente não vê alguem cantando lindamente, ou uma atuação brilhante num filme e pensa: "Como eu queria cantar ou atuar assim!"
O que acredito que gente queira na verdade é a sensação de fazer algo tão bem, porque é aquilo que a gente gosta e foi posto neste mundo para fazer. É a sensação de plenitude que se experimenta quando se está exatamente aonde se quer, fazendo aquilo que a gente faz de melhor!
Quem já experimentou sabe, é fantástico, e vale uma vida de sacrificios, vale a disciplina, vale toda a jornada. É quanto cada pedaço do quebra cabeça da nossa vida se encaixa perfeitamente,de maneiras que a gente nunca imaginou e a gente só sabe definir isso como felicidade. Isso é felicidade!
Caros seguidores que ainda não me abandonaram, apesar dos meses de silêncio, desejo que o talento os inspire! Que vocês encontrem os seus talentos e sejam o melhor que puderem ser, porque esta é a verdadeira busca pela felicidade!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Você julga um livro pela capa?

Eu estou muito sem tempo para postar, mas esse vídeo merece ser visto... Não incorporei porque a opção está desativada, mas vão lá no You Tube aqui
Será que um dia nós vamos aprender a não olhar com os olhos que vêem, mas com os que sentem?
Bom feriado a todos!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vem cá menino, sua mãe não te deu educação não?

Em primeiro lugar, está tarde, já é meia noite, eu passei o dia todo traduzindo, então quem ler esta postagem terá que me perdoar eventuais "erros de desatenção". Eu já tinha desligado meu PC, estava a caminho dos braços de morfeu e pensei: "Mas eu tenho que escrever sobre isso! Tenho que tirar isso da minha cabeça para poder dormir". Tendo dito isto, quero falar sobre boas maneiras: "É menino! Sua mãe não te deu educação não?!"
Nos tempos da minha avó, ser "bem educado" era obrigação, ela conta que você que não fala-se "muito obrigado" quando recebesse alguma coisa que ia descobrir em casa o uso da borracha no chinelo de pano da sua mãe! Porque era obrigação, e todo mundo vivia sob pressão para não faltar com respeito, não ser indelicado e etc., se alguém fosse mal educado era uma afronta! Era como desfilar com um prato de comida na frente de um refugiado africano. Imagina quantos "filha da puta", "vai tomar no seu c...!" que não foram reprimidos! Acho até que foi por isso que se criou as reuniões "só para homens", futebol, e etc. Já viu homem que não precisa xingar?
Mas isso não vem ao caso, o fato é que lá pela época dos meus pais, as pessoas resolveram se rebelar, queimar sutiãs, protestar nas ruas e falar palavrões... daí para frente fazer todas essas coisas virou sinal de "liberdade". Também pudera, o negócio era espartano. Os artistas na televisão xingavam, "quebravam tudo" e a galera aplaudia, os filhos queriam poder falar "de igual para igual com os pais", queriam poder se dirigir aos professores sem medo, e além de sinônimo de "falta de liberdade", educação passou a ser taxada como uma "formalidade" que só era útil, se necessária.
A coisa foi para o outro lado, quando eu era criança, você era ensinado a falar "por favor" e "obrigado", claro, não falar de boca cheia, não cuspir no chão, sei lá, e essas coisas, mas se você pedisse licença por exemplo para entrar na casa da sua avó, ela ficava ofendida, porque: "Onde já se viu ter que pedir licença para entrar na casa da vó?". Se seu amigo abrisse a geladeira da casa dele, te desse um negócio para comer e você agradecesse era: "Que isso?! Não precisa disso não, pega aí!". E a coisa foi piorando... fui crescendo e se você fosse sair com um cara e ele falasse "por favor" e "obrigado" o tempo todo e fosse todo cortês, no começo você ficava toda "nossa!", mas depois se perguntava se ele não era "meio gay". Enfim, a coisa chegou num ponto que nem se falava "boas maneiras" mais, achei que o negócio ia sumir.
No entanto, ultimamente, venho observando o que me parecem ser as "linhagens resistentes das boas maneiras". As pessoas ficaram tão duras umas com as outras e com a vida que hoje em dia, que ser tratado com educação e cortesia está virando quase que um presente, uma coisa de elite, um luxo. Quem não se impressiona quando se depara com alguém extremamente educado? A gente se impressiona tanto, que tem que tomar cuidado para não confundir cortesia com competência! Faz um teste: Liga num lugar, ou vai numa loja, aonde você sabe que o atendimento é ótimo e vê se você não acredita em tudo o que o cara te diz?
Educação virou estratégia de marketing! Quem diria!
É interessante a gente ver como os "valores" são cíclicos, como tudo, a gente faz revolução, faz revolução, e termina que nossa revolução última é voltar para de onde viemos e chamar isso de "insight".
"Insight" ou não, as educação está voltando com tudo! As pessoas estão tão carentes de gentileza que ser gentil é quase um ato de caridade. A boa notícia é que é daquele tipo de caridade que a gente lucra também, porque quando a gente é gentil e educado com os outros, em grande parte das vezes, eles nos retribuem, e percebemos como somos carentes de gentileza também, como nos impressionamos quando vislumbramos humanidade nas outras pessoas... E se isso não for motivo para ser gentil e educado... "Vem cá menino, sua mãe não te deu educação não?"

domingo, 5 de abril de 2009

Devaneios de domingo a tarde

Essa semana foi punk, Graças a Deus! Não se reclama de trabalho né? Ainda mais quando se deixa tudo para se fazer o que gosta... A verdade é que nem sei mais em que língua que meu cérebro anda, porque eu traduzi tanto essa semana! Hoje mesmo, eu estava lá traduzindo e bateu aquela fome... como sou a única 'loser' que fica lá trabalhando no domingo, não tinha compania para almoçar e aí veio o dilema...Cozinho, mais comida do que posso comer, como, em três segundos, e lavo tudo, ou vou a um restaurante sozinha... Escolhi o restaurante. Peguei minha comida, sentei lá e pensei, por que não? Vou tomar uma taça de vinho!
Quando o vinho chegou, eu dei o primeiro gole e logo me senti em um outro lugar, ele tinha um gosto de um lugar e um tempo que eu fiquei muito feliz em lembrar e fiquei pensando sobre isso...
Nossos sentidos parecem ter um poder incrível sobre nós. Às vezes a gente sente um cheiro em um determinado momento e ele marca aquele momento. Dali para frente, todas as vezes que sentimos aquele cheiro nos lembramos daquele momento. O mesmo acontece para sabores, imagens, sensações físicas e etc.
As vezes a gente até escolhe marcar, sem saber, uma ocasião através dos sentidos. A gente se perfuma para sair, faz uma comida boa para dividir com os amigos, senta com alguém especial para assistir o por do sol...
E eu estava pensando... Se é assim? Porque então a gente não pode escolher eternizar os momentos especiais da nossa vida? Porque não investir pesado nos sentidos em tudo o que fazemos? Por exemplo, vai viajar? Troca de perfume, leva um cheiro novo e carrega ele com você a viagem toda. Na volta, aquele cheirinho vai te remeter à viagem. Não sei, mas tenho a impressão que os sentidos podem nos ajudar a criar 'atalhos' nos caminhos da memória. Se deliberadamente criarmos mais atalhos para as coisas boas do que para as coisas ruins, vamos viver lembrando e criando memórias felizes e aí, quem sabe a gente pode ter um momento asim, sei lá, sozinha num restaurante e rindo a toa!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Paradoxos

Hoje eu quis passar aqui rapidinho para registrar um paradoxo que acho muito intrigante:
Na Europa, sociedades igualitárias e salários justos colocam a maioria das pessoas mais ou menos "no mesmo nível". Ou seja, todos têm casas, carros, mas muitos não têm condições de pegar empregados e nem diversos serviços que dependam de mão de obra humana.
Em contrapartida, em função de vivermos em um país com abismal distância entre as classes sociais, e de haver a necessidade de criação de empregos extremamente mal remunerados para que a mola da sociedade gire, os privilegiados da classe média alta acabam tendo um padrão de vida que só os milionários têm lá fora, com vários empregados, casas grandes com piscinas, trocam de carro todos os anos...
Não canso de me divertir quando os estrangeiros vêm aqui e vêem o conforto em que vivemos e se perguntam se entenderam direito que o Brasil era pobre ou se acabaram de conhecer milionários. Não é a toa que eles se apaixonam e acabam ficando...

sexta-feira, 27 de março de 2009

Um Tailandês em minha vida

Eu trabalho há 12 anos em uma ONG, sem fins lucrativos que envia e recebe intercambistas do mundo todo como forma de promover seus ideiais de paz, o AFS. Já ocupei vários cargos dentro dessa organização e atualmente sou presidente de comitê e conselheira dos estudantes da região interior paulista. Bom, estou contanto tudo isso para explicar como o Danny foi parar em casa...
Em uma ensolarada semana de janeiro me liga uma das funcionárias da secretaria executiva do AFS e diz: "Karen, a gente só está conseguindo achar escola para esse intercambista tailandês na sua cidade. Você deixa a gente por seu endereço como família temporária, só para ele não perder a viagem e vamos procurando uma família para ele?". Eu topei, mas nem falei nada para ninguém lá de case porque o combinado é que ele teria família até a sua chegada.
Algumas semanas antes do Danny chegar, ele não tinha família oficial ainda, mas recebeu nosso contato e mandou um e-mail para todos os outros membros da minha família, menos para mim. Foi assim que todo mundo ficou sabendo que o Danny viria...
Eu sei, meu pai ficou furioso! Minha mãe preocupada em onde colocaríamos o menino, meu irmão já viu que seria ele a perder o quarto...foi um rebu! Mas no fim das contas, somo brasileiros, e não vamos deixar um menino sem casa, então concordamos que ele podia ficar conosco até encontrarmos uma família para ele.
No dia 13 de fevereiro, o Danny chegou da Tailândia e continua lá em casa...
O nome dele, na verdade, é uma coisa complicada, tipo Sanrasurn lalala, mas, como todos os tailandeses, ele têm um nome "ocidental" que facilita a nossa vida.
Logo que o Danny chegou em casa, nas primeiras horas, mostrei a casa para ele, aonde ele ia dormir e tal e fomos para a sala conversar. Eu pulei no sofá, havia vários sofás e cadeiras vazias na sala, e ele sentou no chão. Como eu estou acostumada a assumir que tudo pode ser apenas uma diferença cultural, eu perguntei para ele porque ele não havia sentado em um dos sofás, e ele me explicou que na Tailândia os mais jovens sempre procuram se sentar em um nível abaixo dos mais velhos, e quando não dá para ser mais embaixo, tem que ser pelo menos no mesmo nível. Nesse dia o Danny foi dormir cedo, afinal havia viajado muitas horas e acordou no sabado de manhã chorando ao telefone com os pais.
Fico imaginando o que é vir de tão longe, aos 16 anos, para um lugar aonde não falam nada da sua língua e não só isso, mas as pessoas têm uma cultura tão diferente! Deve dar muito medo!
O Danny chegou aqui dizendo que a última festa que havia ido fora há anos atrás e que só saia com a família a noite para casamentos e aniversários. A vioencia e a prostituição na Tailândia faz com que os pais sejam extremamente cuidadosos com os filhos, e, como eles têm uma cultura muito forte de obediência, os filhos entendem e aceitam que só vão sair, ir para festas, beber e essas coisa quando chegarem à universidade.
Nas primeiras semanas, ele comia de boca aberta, falava pouco e só saioa de casa de dia, acompanhado e a convite. Ele conseguiu despertar uma irritação geral e irrestrita do tipo "Come parece um cavalo!", "Pensa que aqui é hotel?" "A gente está se esforçando, e ele?" e etc. Nem parecia que a missão do AFS, de promover a paz através do inetrcâmbio cultural fosse possível, nem para nós que já fazemos isso há tantos anos!
Mas a garra que ele tem ao estudar português e as matérias da escola, mesmo não entendendo nada; a humildade que ele tem em ouvir quando o aconselhamos a se abrir e falar mais; a rapidez com que ele aprende e assimila nossos hábitos; são fascinantes e impossíveis de ignorar!
Além disso, também estamos aprendendo muito, já assistimos a um vídeo (2 horas em Tailandês!!!!) de amor da Tailândia, com músicas tocadas em um instrumento muito legal (já esqueci o nome) típico de lá, já comemos comida tailandesa que o Danny cozinhou para nós, e aprendemos muito sobre os costumes da Tailândia.
Antes de termos o Dan em casa, a Tailândia era um país oriental com praias paradisíacas, aonde haviam filmado James Bond. Hoje, a Tailândia é um povo que homenageia seu rei a cada sessão de cinema (segundo o Danny, tem que ser antes da sessão começar se não o povo vai embora), que senta em um nível abaixo dos mais velhos, que tira os sapatos quando entra em casa, que proibe seus filhos de sair de casa até que tenham condições de se defender sozinhos, que estuda MUITO, que faz silêncio, que agradece o tempo todo, que tem nomes ocidentais porque sabem que seu idioma é muito difícil para o resto do mundo... Mas, principalmente, a Tailândia é a casa do Danny, nosso irmão, que de mansinho está conquistando nosso afeto e uma morada em nossos corações, para sempre!

terça-feira, 24 de março de 2009

Moral

TED é o site de um projeto veiculado pelo slogan "Ideas Worth Spreading" que começou como uma convenção sobre Tecnologia, Entretenimento e Design,em 1984, e, hoje, tomou dimensões muito maiores reunindo as principais mentes de todas as áreas que, segundo o site, são desafiadas a dar a "palestra de suas vidas". Todos os dias, pela manhã, eu assisto um vídeo do TED como uma forma de iniciar meu dia com uma reflexão. Um dos meus temas favoritos é "Unconventional Explanations" (Explicações pouco convencionais), e na semana passada assiti um vídeo que me fez pensar muito e tem tudo a ver com o tema desse blog.

Assista aqui
Dan Ariely coloca alguns conceitos importantes sobre como nossa moral se define.
Em primeiro lugar, gostaria de ressaltar que a pesquisa dele foi feita no MIT nos EUA e que, portanto, pode ter alguma interferência da cultura local predominante. Tendo dito isto, também gostaria de colocar que os conceitos que me chamaram mais atenção, me parecem ter a mesma validade por aqui, mas essa é apenas a minha humilde opinião.
A primeira coisa foi que se a uma pessoa for dada oportunidade de trapacear, ela vai trapacear na medida em que se sinta confortável com a "trapaça", ou seja, que a trapaça lhe confira benefícios, mas não diminua a imagem que ela tem dela mesma.
A segunda é que a probabilidade de ela trapacear aumenta se ela perder o medo das consequências ou se ela sentir que de alguma maneira a trapaça dela é "menor" do que a "trapaça" que ela vê a seu redor.
A terceira é que a probabilidade de ela trapacear diminui se ela se sentir de alguma forma moralmente comprometida com a situação, se a "trapaça" colocá-la em uma posição de igualdade com algo com que ela não quer ser associada ou se ela for lembrada de um código moral que a proiba de trapacear.
Agora, imagine as implicações culturais que isso tem no Brasil!
Se vivemos em uma sociedade cuja cultura vigente é não se ver problemas em trapacear um "pouquinho", e que até dá um nome a isso, o famoso "jeitinho"; uma sociedade em que a lei existe, mas para a maioria da população as consequências de se desrespeitar a lei são quase nulas ou levam muito tempo; O que impede que as pessoas sejam desonestas? Sobra apenas um fator que impediria as pessoas de serem desonestas, a "imagem" que elas têm delas mesmas. O que te impede de fazer algo desonesto? O fato de você achar que aquilo te cololoca em uma posição de igualdade com algo com que você não quer ser associado, só. Então, se a sociedade como um todo cultiva pequenos hábitos desonestos e cultua modelos de desonestidade ou 'amorais', algumas contravenções simplesmente não farão com que você se sinta mal a seu respeito. Dessa forma, podemos concluir que vivemos em uma sociedade que 'deseconraja' deliberadamente a moral.
Pais, professores e líderes têm muito o que considerar sobre os fatores acima. Se fossem implantados códigos morais nas escolas, se fosse criada uma cultura de punição real pelas contravenções, se fosse apresentado um modelo 'amoral' com o qual as pessoas não quisessem se ver associadas, será que isso contribuiria para a moralidade geral da nossa nação? É algo a se testar!
Um ponto bastante interessante é as implicações disso quando se contrasta a nossa cultura com outras formas de ver o mundo, muitos brasileiros sofrem muito com essa questão da moral quando vão morar em outros países. Pelo fato de algumas sociedades verem pequenas trapaças, que vemos como sinal de "esperteza", como "desonestidade", muitas vezes, a nossa "esperteza" lá fora nos leva a sermos pessoas às quais os outros não querem se ver associados. Nossa atitude 'moralmente flexível', pode nos tornar um fator até de elevação da moralidade alheia, o que nos afasta ainda mais daquelas pessoas. Fazemos de nós mesmos os modelos do que 'não se quer ser'.
E se fizessemos o inverso? E se nossa atitude 'correta' pudesse servir de 'lembrança' para os outros de um modelo ao qual eles querem ser associados? Será que esse não é o apelo de tantas dessas personalidades mundialmente cultuadas como Jesus, Ghandi e etc.? Não sei se caso nossos valores transcendessem as barreiras das culturas seríamos amados e aceitos em qualquer lugar, mas existem suficientes provas no mundo de que seríamos, no mínimo, notáveis.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Diário de uma Exploradora Parte IV

Querido Diário,
Tenho me esforçado para postar constantemente no meu blog e manter os assuntos interessantes para atrair mais leitores. Confesso que as idéias vêm fácil, mas o tempo é curto e às vezes escrevo sem editar, releio meus textos depois e fico "PUTZ!" Enfim...
Gostaria de deixar registrado, para não perder o fio da meada, que aprendi a postar imagens e links. Meus "leitores" mais assíduos já devem saber disso, mas vou registrar aqui como se faz, para o caso de alguém se encontrar orbitando nessa imensa blogsfera e acabar por cair aqui sem rumo...
Para postar imagens, aqui no blogger, você clica no quadradinho que parece que tem o desenho de uma paisagem, depois do abc e antes do filmezinho, aqui mesmo, ali em cima. Daí se a imagem for do seu computador, é só achar clicado em procurar e se ela for de algum site é só copiar a URL da imagem e colar no espaço apropriado. Imagem selecionada, você escolhe o layout (esquerda, direita, centralizado,nenhum) e o tamanho (pequena, média ou grande) e clica em "fazer o upload da imagem". Na minha 'vstíssima' experiência, quando você ele diz que já iseriu a sua image, ela geralmente se encontra lá em cim, antes do post que você está escrevendo. Se isso acontecer com você, recorte todo aquele código e coloque aonde vocÊ quiser no post. Pronto. Eu queria por imagens das páginas aqui conforme fosse explicando, mas isso eu ainda não sei fazer...
Para postar links, eu aprendi um procedimento padrão que você pode até copiar e colar daqui, tem que digitar sempre a mesma coisa, entre < >, mas vou digitar aqui em duas partes porque não consigo fazer sem criar um link! A primeira parte é sempre a href="URL"> Aonde está escrito URL, você copia e cola o endereço mesmo, que fica lá na linha do seu navegador, Tipo: http://culturacraze.blogspot.com, sem aspas.
A segunda parte fica assim: Nome (< Traço inclinado para direita a) No lugar aonde escrevi Nome, você escreve o que quer que apareça no seu texto tipo "Clique aqui" ou "CULTURACRAZE". Faça as duas partes numa linha só, sem espaços, abra com < e feche com >, voi lá! Você tem um link! Assim: CULTURACRAZE
Continuo acompanhando firmemente os poucos blogs a que me propus e tentando buscar outros... No mais, acho que estou chegando na fase da Minimização , ou talvez ainda nem tenha saído da Negação , nem me sinto muito diferente desses blogueiros, acho que somos todos iguais, que já levo jeito para a coisa, enfim... O verdadeiro choque cultural está a espreita! : O
Até a próxima!

domingo, 22 de março de 2009

Política de Privacidade

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sexta-feira, 20 de março de 2009

Dicas de Comportamento

Finalmente um post light e curtinho no CULTURACRAZE ! Esse post é para sugerir um site que descobri hoje e parece bem interessante para os viajantes e curiosos de plantão. É o Fasten Seatbelts , que tem um monte de dicas de como se comportar em diversos países da Europa.
Gostei bastante das curiosidades na sessão "linguagem corporal" que dá dicas do tipo: mostrar a sola dos sapato para alguém é considerado desrespeitoso na Turquia, e na Itália se bate no ferro e não na madeira para espantar o azar... enfim! A tradução é meio tosca, mas as dicas são interessantes!
Boa leitura!

Adapatção Cultural

O assunto mais recorrente quando se fala em viver fora do país é a adaptação cultural. Muita gente acha que é um processo que tem que ocorrer, e ocorre, naturalmente quando se vai viver em outro país. Muitos ainda, também acreditam que qualquer pessoa que viva em algum país por um número X de anos, tenha um trabalho, um lugar para viver e amigos está adaptada e pode ser considerada um "entendedor" da cultura em que se inseriu. Em contrapartida, é costume também pensar que quem simplesmente viaja por um período curto de tempo para algum país não tem como saber muito sobre sua cultura. Está na hora de esses paradigmas caírem!
Hoje, li um texto muito interessante Validity Issues in Translating Instruments Acros Languages and Cultures: Exploring the Paradox of Differing Cultural Perspectives on Intercultural Sensitivity by Dr. Joe Greenholz ,sobre como se traduzir instrumentos de avaliação não só de uma língua para a outra, mas de uma cultura para a outra. O texto é muito interessante, mas longo e seu conteúdo na íntegra não vem ao caso, no entanto, ele cita um estudioso das relações interculturais, George Kelly, que diz:
"A person can be witness to a tremendous parade of episodes and yet, if he fails to keep making something out of them…he gains little in the way of experience from having been around when they happened. It is not what happens around him that makes a man (sic) experienced; it is the successive construing and reconstruing of what happens, as it happens, that enriches the experience of his life"
("Uma pessoa pode ser testemunha de um vasto repertótio de acontecimentos e, no entanto, se ela falhar em refletir sobre eles...ela ganha muito pouco com a experiência de ter estado presente enquanto eles aconteciam à sua volta. Não é o que acontece ao seu redor que torna um homem experiente; é a construção e reconstrução sucessiva dos acontecimentos, conforme eles ocorrem, que enriquece a experiência da sua vida")
No referido texto, o autor argumenta que o fato de uma pessoa estar presencialmente em outra cultura, não significa que ela será capaz de refletir e gerar conhecimento cultural a partir das experiências que está vivenciando. O que determina seu aprendizado é a reflexão. Esse sempre foi meu argumento ao justificar o trabalho de preparação cultural que fazemos na [ex]CHANGE Treinamento Cultural , estou cansada de ver pessoas que moram anos fora do país e voltam com frases do tipo "Esses gringos são todos porcos!", "Nossa as pessoas lá são muito frias, não dá para viver lá não!". Sempre me perguntei, como uma pessoa capaz de cunhar uma frase peconceituosa dessas pode se entitular "cidadão do mundo"? Como uma pessoa que tem a oportunidade de viajar o mundo todo pode voltar ao país e dizer que não há lugar como o Brasil, sem especificar em que quesito? O Brasil é o melhor em tudo?! Quem viaja o mundo e afirma isso, obviamente, não viu o mundo!
Existe uma teoria sobre o processo de adaptação cultural, quem quiser ler o texto que citei acima, ele explica um pouco do que essa teoria quer dizer e apresenta o seguinte resumo:

Essa teoria propõe que a maneira como essas fases vão se apresentar varia de acordo com o grau de diferença da cultura original para a cultura em que se está inserindo e nas particularidades do contexto, mas essencialmente o processo de adaptação segue os seguintes passos:
Negação: Fase em que se nega que as diferenças existam, até ainda por falta de contato real com a cultura. Isso ocorre quando a gente chega, não entende bem o que dizem, você é visitante, trata tudo e todos e é tratado como tal e não consegue "perceber" nada estruturalmente diferente.
Defesa: É a fase em que começamos a nos surpreender e indignar com as diferenças, defendendo nosso ponto de vista a qualquer custo! "O cara não me liberou para ir buscar o dinheiro que estava no mee escritório ao lado! Que falta de consideração! No Brasil as pessoas são mais humanas, aonde já se viu!"
Minimização: Esse é o momento em que a gente foca no que é parecido, e tenta ignorar o que é diferente como uma foma também de não mudar.A diferença principal dessa fase em relação à da defesa é que a indignação não é mais tão constante.
Aceitação: Essa é a fase em que a maioria das pessoas pára, mesmo após morar muitos anos fora, e acreditam que estão adaptadas porque entendem e aceitam que existam diferenças. "Eles são diferentes mesmo", "Ah, aqui eles são assim!"
Adaptação: Nesse momento a pessoa passa a faze da aceitção, e passa a entender; a maneira daquelas pessoas pensarem faz todo sentido para elas naquele contexto e desse entendimento advém a capacidade de interagir no mesmo nível.
Integração: Esse passo pode levar uma vida, e o indivíduo que o alcança geralmente é aquele indivíduo que chegou a um nível de entendimento de outras culturas tão cmplexo que ele não só aceita, entende e é capaz de se comunicar de acordo com valores culturais distintos, mas ele passa a incorporar valores de outras culturas. Esse passo só é alcançado mediante muita reflexão e é o passo que forma os verdadeiros cidadãos do mundo. São pessoas que não precisam negar nem defender sua própria cultura para interagir com outras culturas e podem transformar suas oportunidades de interação cultural em oportunidades também de entendimento e até, porque não, integração de valores ao mosaico cultural que se torna o seu referencial.
A boa notícia para os que não tem a oportunidade de viver fora é que o segredo de ser um "cidadão do mundo" não está na duração da experiência, mas ao valor atribuído a ela através da reflexão e deliberação consciente.
A má notícia para expatriados que pensam ou pensaram que adapatção ocorre naturalmente, é que a experiência intercultural mal conduzida pode ser tão danosa à vida de uma pessoa quanto qualquer outra experiência impensada e irresponsável.
A lição que fica da adaptação é que entendimento cultural nãoé "insight", é fruto de constantes reflexões e revisões. ANos após o término de uma experiência, ainda se pode aprender muito com ela.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dicionário, Tradutor e Translation boxes Babylon

O post de hoje é para dar uma dica, como devota fiel da cultura e tradutora, não acredito que traduções automáticas substituam as traduções de uma cabeça pensante, capaz de julgar o contexto de uma frase, escolher entre duas traduções possíveis e etc. No entanto, sei também que traduções humanas podem ser caras e levar tempo, e às vezes tudo o que você precisa é saber o que aquele e-mail está dizendo, ou como se diz aquele termo em tal língua... enfim, quando sua necessidade não é grande o suficiente pra justificar a contratação de um tradutor, a Babylon desenvolveu uma série de ferraments gratuitas que podem ser muito úteis. De onde você estiver, você pode acessar gratuitamente o Tradutor Automático online ou o Dicionário Online .O Babylon oferece traduções e dicionários de inúmeras línguas.
Se você tiver um site ou blog, aí existem Ferramentas ainda mais interessantes. O Babylon oferece caixas de tradução e dicionários específicos de budismo, sonhos, medicina e etc. para que seus leitores possam buscar termos relacionados ao assunto do seu site ou mesmo traduzir o que você disse. Além de ser muito legal, a ferramenta de tradução pode ajudar a dar visibilidade ao seu site porque qualquer gringo que "cair lá de para-quedas" pode traduzir algo do que você disse e se interessar pelo que você tem a dizer. Eu já adicionei alguns dicionários ao meu blog, vale a pena conferir, é tudo gratuito.

terça-feira, 17 de março de 2009

"Local" X "Estrangeiro" I

Você já reparou as coisas que a gente faz quando viaja? Dançar em mesa de bar, falar com estranhos, falar português e fingir que não fala a língua local para fugir de uma situação difícil, entrar em lugares que a gente NUNCA entraria em casa, fazer amizade com pessoas que não tem nada a ver com a gente... Na minha opinião,é aí que mora o fascínio de viajar, o distanciamento físico permite que a gente consiga se distanciar mentalmente dos nossos padrões também. A consequência de se sair de um lugar e se libertar da rotina, é libertarmos o nosso espírito, de tal forma que a gente não se obriga mais a se comportar desse ou daquele jeito, seguir essa ou aquela convenção, nem a dieta sobrevive! Os aventureiros de plantão que o digam, a vida do viajante é uma vida viciante porque você pode se reinventar e reinventar suas relações a cada nova parada. A condição para que isso se perpetue, no entanto, é permanecer na estrada. Quando se opta pela vida errante do viajante, você e todos a sua volta são sempre estrangeiros, e não há conflito nisso porque não ter pátria, não ter "sede", é a essência do que significa ser viajante, e é isso que permite que você se reinvente constantemente e sua vida não seja regida pelas convenções "locais".
A maioria das pessoas não consegue escolher essa vida porque precisam pertencer a algo mais restrito do que o "mundo todo". Frequentemente, as pessoas só precisam dessa sensação de liberdade por um curto período de tempo, que lhes permite "recarregar as baterias", e logo já estão prontas para voltar para casa. Existe também uma grande segurança em ser "local", a maioria das coisas podem ser feitas sem muita reflexão ou pensamento, você não precisa redefinir seu lugar, nem a posição que quer ocupar com frequência, seus alimentos prediletos, suas pessoas favoritas, seus hobbies, estão todos a seu alcance e você pode se confortar com a sensação de que a vida segue seu curso e você não precisa ficar traçando a rota de navegação ao longo da viagem.
Assim, escolher entre ser "local" e ser "estrangeiro" é escolher entre o conforto que se sente quando se tem tudo o que se preza ao alcance, e a liberdade de se poder escolher e redifinir o que se quer a cada parada. É também escolher entre ter a segurança de saber o seu lugar naquele "local" e saber exatamente o que se espera de você, e ter o distanciamento de quem pode escolher se quer ou não fazer parte daquele "local".
O motivo pelo qual estou fazendo essas reflexões sobre os conceitos de "local" e "estrangeiro" é porque quero iniciar uma série de posts esmiuçando melhor o assunto. Acredito que quem entende a diferença real entre ser "local" ou "estrangeiro", e qual deles é mais importante em determinado momento, pode decidir a posição que quer ocupar. E, assim, encontrar uma posição confortável, seja ele um "local" ou um "estrangeiro"

domingo, 15 de março de 2009

Diário de uma exploradora Parte III

Querido Diário,
Fui acometida de uma síndrome de idéias que está me enlouquecendo. Meus dias continuam ocupados, continuo tentando ler meus blogs preferidos, mas agora parece que tudo vira idéia para o blog e a minha vida no mundo "real" começa a meio que se fundir com a vida na blogsfera... Tudo o que me acontece lá, na vida real, parece que vira tema para eu escrever aqui e meu caderninho de anotações vibra com páginas e páginas de idéias na fila da postagem...
Quero entrevistar pessoas, quero falar sobre o que ando lendo, quero colocar minhas observações mais recentes... mas nao dá! As vezes parece que se eu não escrever eu não faço as coisas que dão idéias do que escrever! Ai!
Esse fim de semana mesmo dei um tempo na blogsfera e sai com uns amigos das antigas e outros agregados. Dentre os agregados tinha um cara de Belém e como as conversas ao redor de mim têm uma leve "tendência" a se transformar em questões culturais, adivinha qual foi o assunto?
Primeiro ele falou sobre o sotaque dele e achei meio vergonhoso que eu também não sabia identificar de onde ele era... ele disse que quase ningém aqui em SP sabia e achávamos que ele era do RJ... Realmente, eu teria chutado RJ...
Depois ele falou do preconceito que o pessoal do norte sofre quando vem para cá e isso me deixou pensando...
Ele falou sobre como eles têm dificuldade em fazer amigos por aqui, como sentem que as pessoas os olham torto quando falam "alto demias" para os padrões daqui e sobre como sentem falta da proximidade que têm com as pessoas lá, essa coisa de conhecer o vizinho, coversar com as pessoas no ônibus e etc. ... Achei interessante porque se você conversar com um paulista que vai morar na Europa existe uma grande chance de as reclamações dele serem as mesmas, então fiquei pensando, será que isso é cultural? Será que a chamada "frieza" européia, é mesmo européia ou tem algo que possa ser explicado na natureza humana? ... A impressão que tenho é que pessoas que vivem em sociedades mais sofisticadas, e por sofisticadas eu quero dizer com maior acesso à tecnologia, a bens de consumo, à educação e etc., tendem a tratar as pessoas com maior distanciamento e não ver com "bons olhos" manisfestações efusivas de emoções que contrariam o que manda a discrição. Então um paulista está para um europeu como um nordestino está para um paulista?
Fico pensando que essa coisa de "cultura" é muito complicada porque pensando assim me parece que além de haver a cultura brasileira, a alemã, a italiana e etc., também existe a cultura das pessoas sofisticadas, das pessoas educadas e cultas e etc. E aí cabe a pergunta, qual é o grau de sobreposição dessas culturas? O quanto eu estar 'aculturado' no grupo das pessoas 'educadas' aqui me garante conseguir fazer parte do mesmo grupo em outro país? Existem pontos em comum a partir dos quais posso partir pra me adaptar melhor a um novo grupo?
Eu, pessoalmente, penso que sim, penso que a educação, tanto no que se refere à escolaridade quanto a boas maneiras, é sempre um ponto de partida, uma espécie de referencial comum em qualquer lugar, mas isso é um assunto para um futuro post.

terça-feira, 10 de março de 2009

Cultura&Viagens

Desde que ingressei nessa blogosfera, já passei por inúmeros blogs interessantes e cada vez mais gosto de ler o que outros escrevem sobre cultura e viagens. Vou listar aqui alguns dos meu blogs favoritos, da minha coleção de Cultura&Viagens com alguns comentários de porque gosto deles. Cada vez que e deparar com um blog dele, eu post ele aqui e digo porque, espero que isso ajude aos que chegarem ao meu blog procurando informações sobre viagens e cultura. A ordem deles aqui não reflete minha ordem de preferências.

Adventures of a gringa in Rio
Esse blog é da Rachel, um Nova Iorquina que vive no Rio. Gosto muito de ler as listas de top 10 que ela faz tipo "Top ten things you better get used to in Brazil". Além de promover discussões interessantes sobre valores e etc, tanto nossos quanto dos americanos, ela mostra o Brasil da perspectiva de um "gringo". Food for thought! O blog é em inglês.

Brasil na Italia
Esse blog é muito interessante para que mora ou quer morar na Itália, ela dá todos os tipos de dicas de leituras e shows a dicas culturais. Além disso, vira e mexe tem discussões sobre temas muito interessantes sobre como outras culturas vêem o Brasil e etc. Passo sempre por lá e recomendo. O blog é em Português.

Minha Carreira
Esse blog tem um foco diferente, o foco específico dele não é cultura, mas principalmente nas últimas semanas, coincidentemente com o tempo que venho acompanhando, eles têm tentado analisar os benefício de se morar fora para quem quer planejar essa mudança em sua carreira. Mais recentemente eles iniciaram uma série de entrevistas com pessoas que já morararm fora e como a experiência impactou em sua carreira. Também em Português.

Brasileiros nos Estados Unidos
Esse blog eu descobri hoje, através de um outro blog que também gosto de acompanhar, o Brasileiros no exterior, e gostei muito da disposição dele e do volume de informações obre tudo relacionado a viver nos EUA, desde abrir uma empresa lá a notícias. O site é bem completo e eu gostei muito de ler os temas da sessão "Saudade", recomendo! Em Português.

Brasileiros no exterior
Esse blog é do Alex, um cara que já viveu no Japão e ten uma consultoria de marketing pessoal e outras coisas chamada Nokomando. Ele escreve muito sobre temas mais filosóficos, então não vale só para que vive ou vai viver no exterior. Tem posts legais sobre planejamento do tempo, mudança das emoções e etc. Em Português.

Por hoje são esses, conforme for encontrando mais, vou postando.
Saudações a todos
Karen

Mais questões culturais

Bom, já havia iniciado a discussão (devo dizer que comigo mesma por enquanto), sobre a questão do idioma e a cultura. Creio que muitos de nós acreditamos que se aprendermos o idioma de um a determinada cultura e soubermos dizer o que queremos dizer nele, fluentemente, então seremos entendidos.
Tenho um teoria de que não é bem assim vou contar um pouco da minha história para vocês entenderem...
Meu namorado é inglês, inglês da Inglaterra mesmo, do sul de uma cidadezinha, que viaja todo ano de férias para a França ou para a Espanha e assiste o discurso da rainha no natal. Eu sou brasileira, com cara de gringa, mas brasileira,assisto a novela das 8 e acredito piamente em não se dizer o que se está pensando se eu achar que isso provocará certo desconforto no meu interlocutor; falo inglês fluentemente porque estudei a vida inteira, dou auls, traduzo e morei na Austrália. Conheci meu namorado no Brasil, até conhecê-lo nunca tinha ido para a Inglaterra, e ele achou "brilliant" ter encontrado uma namorada no Brasil que falasse inglês tão bem...
Enfim, pulando a parte do "in love" e "in love" (Piadinha interna, quem quiser entender tem que ler o post inicial desse blog, assim que aprender a linkar adicionarei um link para ele aqui), ele veio morar no Brasil. No começo ele não sabia nada sobre o Brasil nem de português, então nossa comunicação era toda em inglês, tenho inúmeras histórias ilárias para relatar desse período, mas não vem ao caso agora... Ele também não sabia nada sobre como abrir conta em banco, pegar ônibus, fazer compras, enfim, como todo mundo que já morou fora já se sentiu, ele era um bebê e eu tinha qe explicar tudo para ele... Então eu passava o dia "You have to get such and such bus" then you "Have to get of at...", "You have to talk to the assistant...", "You have to buy us a carton of milk..." Até o dia que ele explodiu: "I don't have to anything!" Eu, como toda boa mulher, fiquei ofendidíssima! "Quem esse gringo ingrato pensa que é para ser grosso desse jeito! (Toda delicadeza e sensibilidade cultural de uma pessoa que trabalha com isso!) Eu passo o dia todo tendo que dizer para ele como fazer tudo e ele me vem com EU NÃO TENHO que fazer nada?!". Essa briga durou várias caras feias e silêncios emburrados até que eu, novamente mulher ofendida, tive que tirar satisfação: "Como assim você vem me dizer que "não tem que nada" quando eu estou te respondendo o que você me pergunta?!" Então veio a explicação: "Why do you say I have to all the time? Why don't you say should or simply state what you want to say?". O problema era o "have"! Fui pesquisar! Queria saber o que havia de errado com o "have", porque em português eu poderia perfeitamente dizer "Para pegar o ônibus você tem que ficar no ponto, até que o seu ônibus passe aí você tem que acenar para ele..." Veja bem, na Inglaterra, um país individualista aonde as pessoas acreditam poderem fazer o que quiserem se tiverem condições para isso, a palavra "have" só é usada realmente em casos de obrigação, gramaticalmente pode-se dizer "You have to...", mas não se diz, porque é como dar uma ordem ao seu interlocutor... Imagina o que ele pensava quando eu dizia "You have to listen to me!!!". O resultado dessa história é que passei a dizer "Take the 115 bus and get of at...", que são construções imperativa e que em português indicam ordens, no entanto ele ficou feliz e eu não reclamo! Agora, imagina um executivo brasileiro falando para um executivo inglês "You have to come back to sign this"!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Diário de uma exploradora Parte II

Querido diário,
Hoje eu estou cansada, se fosse falar em inglês a palavra seria mais "overwhelmed", continuo aqui na blogosfera e apesar de ter aprendido muito a sensação que tenho é que quanto mais aprendo, mais eu tenho que aprender... Na verdade, o problema nem é tanto ter muito a aprender, é a pressa de poder interagir nesse mundo como todos os outros e absorver toda a informação disponível por aqui.
Apesar da minha frustração com minha própria lerdeza, serei fiel a meu intento de registrar o que aprendo aqui.
Logo na minha primeira semana nessa terra encontrei diversos blogs que achei muito interessantes e que mereciam ser lidos, e, da mesma forma encontrei, inúmeros bloggeiros que classifiquei como "ninjas" por que pareciam conseguir ler e comentar tudo, e não eram comentariozinhos não, era tipo meia página de texto explanado suas opiniões. Bom, aceitei que eu nunca teria tempo para isso, mas nessa semana consegui desenvolver uma estratégia... Eu "acompanho" os blogs! Funciona assim: eu vou no blog que eu gosto e escolho a opção "acompanhar blog", que descobri que pode até ser anônimo, dai esse blog fica lá num painel de leitura que eu acesso do meu blog, então eu posso ver todo dia/semana quais dos meus blogs favoritos tem atualizações, se gosto do assunto dos títulos dos posts e só aí eu leio!
Descobri também que estou desenvolvendo um novo comportamento, trabalhando ou não, sembre que estou vagando pela Internet e me deparo com uma coisa legal, eu penso "Posso por no blog", as vezes nem tem a ver com o blog, então eu tenho a idéia de criar um novo blog! Claro que ainda não fiz isso, meu próximo blog vai ser uma obra-prima tipo todo mundo vai querer postar nele! haha se eu conseguir parar de ler e postar para criá-lo...
Minha amiga voltou, achei que ela tivesse me abandonado, mas não, voltou e com dicas ainda! Tambem fiz um amigo novo, que veio aqui ler e respondeu minha perguntas, ADOREI! Meu desafio agora é manter esses dois interessados e angariar mais gente... Você está entendendo porque estou cansada?
Fico imaginando as pessoas do twitter (agora eu sei o que é;) ) e second life e sei lá mais quantos outros... será que elas comem? Preciso investigar...
Agora quero aprender a por vídeos, fotos e links porque meu blog ta muito apagadinho... Semana que vem eu conto como faz...
E vamos lá!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

The Kindness of Strangers

“Two things to travel: the first is that when you travel, at some point, you’ll find yourself out of money, out of food, unable to find a hotel room, lost in a big city or on a remote trail, stranded in the middle of nowhere. The second is that someone will miraculously emerge to take care of you - to lend you money, feed you, put you up for the night, lead you to where you want to go. Whatever the situation, dramatic or mundane, some stranger will save you.”


"Duas coisas sobre viagens: a primeira é que quando estiver viajando, em algum momento você se encontrará sem dinheiro, sem comida, incapaz de encontrar um quarto em um hotel, perdido em uma cidade grande ou trilha remota, preso no meio do nada. A segunda é que alguém vai miraculosamente surgir e cuidar de você - te emprestar dinheiro, alimentá-lo, te oferecer um lugar para dormir a noite, te levar aonde você precisa ir. Não importa qual seja a situação, dramática ou mundana, algum estranho vai te salvar."


A citação acima é parte da introdução de um livro chamado "The kindness of strangers" ("A bondade de estranhos") que fala essencialmente sobre a bondade aleatória, despretenciosa com que invariavelmente somos brindados quando estamos viajando e nos encontramos em situações de apuro.


A minha intenção com este post é iniciar uma sequência de posts com o mesmo objetivo do livro coletar histórias de viajantes que já se encontraram em situações difíceis durante suas viagens e foram miraculosamente resgatados.


Vou começar com a história de uma conhecida minha que, não suportando mais a sua vida no Brasil, resolveu se mudar de mala e cuia e ser babá de uma prima na Inglaterra. Como muitos, ela não falava inglês e logo que chegou viu-se extremamente dependente da prima e da comunidade brasileira em geral. Um dia, não aguentando mais ficar em casa sozinha quando a prima saía, ela decidiu se aventurar pela metrópole, Londres.

Andou tanto que se perdeu, e não sabia nem como nem onde encontrar uma estação de metrô que a levasse de volta.O dia já ia avançado, e a perspectiva de passar a noite ali, era desesperadora! Ela sentou num banco em uma praça e chorou. Já estava chorando há mais de uma hora quando um senhor parou a seu lado e falou qualquer coisa em inglês, ela não entendia na época, então não posso relatar o que foi... Os dois passaram uns 10 minutos tentando travar u diálogo em que o tal senhor pudesse entender o que ela queria ou ela o que ele dizia. Enfim, ele fez um final a ela como se estivesse segurando um lápis e ela fez um sinal afirmativo com a cabeça. O senhor então produziu um papel e caneta no qual ela anotou aonde queria ir e a estação do metrô. O senho então sorriu e apontou para a estação do metrô mais próxima que, ironicamente, ficava há menos de 2 quadras de onde ela estava sentada. Ela sorriu, finalmente, após inúmeros "tenk yus" a seu salvador, entrou na estação e foi para casa. Ela nunca mais saiu sem papel e caneta nem reencontrou o tal senhor.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Cultura Blog: Diário de uma exploradora Parte 1

Terça feira, 24 de fevereiro de 2009.
Querido diário,
Hoje faz pouco mais de uma semana que aterrisei nesse país dos blogs. Até agora, sinto que minhas observações estão um pouco desconexas porque são muitas informações para absorver, mas vu tentar resumir o que estou aprendendo...
Assim como o povo do Brasil são os brasileiros e a cultura brasileira, o povo daqui se auto entitula bloggeiros, mas ainda não consegui definir se seria correto chamar analogamente a cultura de bloggeira (?)...
Bom, sobre os "bloggeiros", sinto que são um povo complexo e acho que vou demorar um pouco ainda para me familiarizar com o vocabulário e costumes deles... Eles usam expressões como "me acompanha pelo twitter" e "RSS" que eu francamente ainda não decifrei... O que sei é que são curiosos, parecem gostar muito de ler porque acompanham uma quantidade absurda de blogs uns dos outros, em geral, parecem não gostar de gente que pede para trocar links (isso eu ainda não sei ao certo...) e são muito criativos. Obviamente, parecem ser todos habilidosos com o computador, porque eu fico aqui tentando dar uma carinha bonita para o meu blog e caio sempre nas mesmas opções!
Semana passada aconteceu uma coisa boa, uma moça viu meus comentários em um site e veio aqui. Meu primeiro contato! Ela disse que estava gostando dos meus textos e até se tornou minha "seguidora" (é, tem isso...), mas das duas uma: ou eu cometi algum deslize social que ela não gostou ou eu não consegui escrever muitas coisas interessantes e ela se foi... Não parece promissor né? Mas uma nova semana começa, e com ela renova-se a esperança! hehe
Tem alguns assuntos também que eu coloquei na minha lista de coisas que preciso pesquisar mais para a próxima semana, um tal de page rank e LD do yahoo..., mas eu chego lá... esse povo também é bastante prestativo, observei que não tem pergunta que fica sem resposta nessa terra.
Enfim, estou gostando do lugar, ele tem potencial... ainda me sinto um pouco sozinha, mas creio que é uma questão mais de aprender o idioma e ir conhecendo gente.
Vamos lá!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Lar doce lar

Hoje eu estava pensando sobre o que faz a gente se sentir em casa... Não em casa na nossa casa, mas confortável na nossa pele, de que habitamos o nosso pedacinho do mundo e etc.
Esse "fenômeno" de se sentir em casa é bastante fácil de se identificar quando se está em casa, der! Parece bobo, mas é quando se viaja que se entende a dimensão desse se "sentir em casa".
Aqueles que já moraram fora sabem bem do que estou falando, a primeira vez que chegamos em uma casa nova, um lugar novo, e o telefone toca, por exemplo, você entra em pânico porque não sabe como atender, ou você atende automaticamente e quando a pessoa do outro lado diz algo que você não entende aí você entra em pânico... nessa hora, uma atividade corriqueira para você, se torna uma novidade. Nessa hora você percebe que sabe muito pouco de como se vive naquele lugar... "Como falar com as pessoas nas lojas? o atendente do supermercado? a telefonista da chamada internacional?" e percebe também que nunca havia pensado sobre isso...
Todas essas coisas que eram naturais para você, porque eram parte da sua CULTURA, em uma cultura diferente se tornam obsoletas, pelo menos até que você entenda o que também é parte da nova cultura em questão.
É nesse momento que todos entendemos o tamanho do desafio que nos espera e existem duas reações comuns. A primeira, de pânico total, você aprendeu tudo aquilo, inclusive a falar, quando era bebê e nem lembra mais como fez, e agora?! A segunda, de fascínio, porque até atender o telefone passa a ser algo fora da rotina e, portanto, desafiador.
Então, você é estrangeiro e, definitivamente, NÃO está em casa.
Feitas essas considerações, chega-se facilmente à conclusão de que se sente em casa quando se está em casa, e, se sente fora dela quando se está fora! Der, de novo! Seria simples, se fosse só isso, mas é possível se sentir em casa fora de casa? é possível se sentir fora dela estando em casa?
A minha opinião é que sim! Quantos de nós não se mudam permanentemente para outros países e constroem lá seus lares? Ou mesmo quantos não se mudam temporariamente e descobrem que não querem mais voltar? Ou ainda, quantos não vão sem ver a hora de voltar? quantos não se sentem fora, estando em casa?
Vocês já devem ter percebido que eu gosto de perguntas, isso é porque as perguntas certas levam às grandes descobertas e sobre essas perguntas eu tenho um palpite.
A cultura tem um papel fundamental na vida em sociedade, ela determina o que se pode ou não fazer, e como se deve fazê-lo, por exemplo, quando se pede por favor e quando um sorriso simpático basta, quando se dá uma gorjeta e quando não, ou seja, ela determina o que é ser "educado" e o que é ser "sem educação". Ela determina outras coisas também, mas essencialmente fazer parte de uma cultura é seguir as "regras implícitas" que ela impõe.
Na minha opinião, adaptação é essencialmente isso, é perceber o que é implícito naquela cultura e sociedade e se sentir confortável seguindo essas "regras".
Muitas vezes a gente vive sob uma cultura que não nos incomoda e um belo dia mudamos de país e encontramos um código que tem muito mais a ver com o que queremos para nós. As pessoas que encontram isso, são as que querem ficar, as que se voltarem não se adaptam mais, porque encontram um código, mesmo que um amálgama de dois códigos presentes nela, que as satisfaz, estão em casa.
Já as pessoas que não conseguem se distanciar, mesmo que somente para poder observar, de sua cultura e perceber o código implício na nova cultura, essas pessoas nunca vão se sentir seguras de estar fazendo a coisa certa, e portanto, nunca vão estar em casa.
Eu acredito, que algumas pessoas nasceram para "encontrar" a sua casa em algum lugar aonde se sintam confortáveis e habitar nela. Outras, nasceram com a capacidade observadora de rapidamente "perceber" a cultura do local aonde se encontram e logo se sentirem confortáveis nele, essas pessoas carregam sua casa, essa capacidade de se sentir a vontade, dentro de si e estão em casa em QUALQUER LUGAR.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Dos "Por quês?" e "porques"

Em inglês, quando se ama alguém se diz que se está "in love" e quando se está apaixonado também se está "in love". O que isso significa? Criou-se em português duas palavras para o mesmo sentimento ou em inglês se considera dois sentimentos com sendo a mesma coisa?
Isso é uma questão linguística ou cultural?
Os ingleses sentem como os brasileiros ou fato de escolhermos maneiras diferentes de nos referirmos aos "mesmos sentimentos" mostra que sentimos diferente também?
Ser humano é ser humano independentemente de sua origem? Quanto de nós, e dos nossos sentimentos, é determinado pela cultura de onde viemos ou mesmo pelo nosso idioma?
Aprender um novo idioma significa aprender a sentir de outra forma? E viver uma outra cultura?
A primeira vez que entrei em contato com uma nova cultura eu tinha 9 anos e me revoltei porque não me entendiam, na época minha mãe me explicou que se quisesse me comunicar com aquelas pessoas deveria aprender inglês. Aos 14 eu era fluente, e lidava principalmente com estrangeiros que vinham ao Brasil, acreditava ser genuinamente preocupada e entendedora das questões culturais. Aos 17 fui fazer intercâmbio na Austrália, lembrando que já era fluente, e quantos problemas a minha fluência não me causou! Pelo fato de eu falar o idioma, as pessoas assumiam que eu sabia o que está fazendo, que tinha o mesmo referencial que elas e não entendiam como eu não entendia o que eles queria dizer!
Foi nesse momento em que realmente me apaixonei pelas questões culturais, quão fantástico e quão difícil é entendermos que as pessoas não "pensam" (pensam aqui engloba falam, agem, sentem...) como nós!
E uma pessoa que foi criada ou tem pais de nacionalidades diferentes? Ela não pensa como ninguém? Ela está sozinha? é livre?
Esse blog é para que todos os que se fascinam com as possibilidades que as diferentes culturas trazem para as relações humanas, como eu, se coloquem, perguntem e partilhem suas descobertas.
E para começar a fomentar a discussão, quero deixar uma pergunta: quanto de você, é seu e quanto é seu porque você vem de onde veio?
Saudações a todos!